Brasil é o 8º país mais afetado por pragas virtuais em 2011
Um relatório divulgado pelo PandaLabs – laboratório que atua no combate a pragas virtuais – aponta que, nos três primeiros meses de 2011, foram criados cerca de 73 mil tipos de malware (códigos maliciosos) por dia, o que representa 26% mais ameaças do que as contabilizadas no mesmo período de 2010.
O levantamento aponta que o Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking dos países que mais sofreram ataques virtuais. Os três primeiros lugares da lista ficaram com China, Tailândia e Taiwan, respectivamente.
O relatório aponta ainda que a maior parte dos ataques virtuais (70%) envolveu Trojans, também conhecidos como "Cavalos de Troia".
Já em relação aos incidentes mais relevantes no trimestre, o estudo aponta que os três piores envolveram o Android, o Facebook e o Anonymous (Anônimos).
No caso do Android, no início de março, os smartphones com o sistema operacional do Google foram vítimas de um ataque que usava aplicativos infectados com um Trojan. Em quatro dias, os programas maliciosos foram baixados cerca de 50 mil vezes. O malware, nesse caso, era altamente sofisticado e não roubava apenas informações do celular, mas realizava o download e a instalação de aplicativos sem conhecimento do usuário.
Quanto ao Facebook, o relatório cita que um jovem da Califórnia foi indiciado a seis anos de prisão por hackear contas de e-mail de mulheres na Inglaterra e nos Estados Unidos, usando informações disponíveis na rede social. Ele utilizava os dados para acessar e sequestrar o correio eletrônico das vítimas e realizar chantagens. O Panda Labs aponta que qualquer um, inclusive Mark Zuckerberg – criador do Facebook – poderia sofrer esse tipo de golpe.
Por fim, o documento da Panda cita a atuação do grupo de ciberativistas Anonymous, que foi responsável por uma série de ataques na web. Um dos mais recentes incidentes aconteceu quando o CEO de uma fornecedora de segurança afirmou ter detalhes sobre os responsáveis pelo site (Anonymous). Como resposta, os ativistas hackearam a página da empresa na internet e a conta do Twitter, roubando centenas de e-mails, que foram distribuídos no The Pirate Bay.