Compras coletivas: setor movimentou mais de R$ 1,5 bilhão no País

Entenda como funciona essa nova modalidade, que começou nos Estados Unidos e hoje virou uma verdadeira febre no Brasil
A promessa de oferecer produtos e serviços com descontos que vão de 50% a 99% fez com que os sites de compras coletivas virassem uma verdadeira febre no mercado brasileiro. Estima-se que o setor tenha alcançado quase 20 milhões de usuários no País e, em 2010, somou um faturamento de mais de US$ 1,5 bilhão.

Florian Otto, CEO para o País do Groupon, o maior site de compras coletivas do mundo, considera que o mercado nacional teve um crescimento bem acima do projetado. “Não esperávamos que o Brasil aceitasse tão bem esse modelo de negócios”, analisa.

Da mesma forma, o CEO do concorrente ClickOn, Marcelo Macedo, destaca que, em apenas um ano, sua empresa passou de 10 para mais de 300 colaboradores no Brasil. Situação parecida com a do clube de compras online Privalia que, em 2010, teve um faturamento oito vezes maior do que o obtido no ano anterior e, segundo o principal executivo da companhia, André Shinohara já começou 2011 "com um crescimento ainda mais agressivo".

A ideia dos sites de compras coletivas nasceu nos Estados Unidos, na cidade de Chicago e, rapidamente, se espalhou pelo mundo. Pelo modelo, o cliente adquire um cupom virtual relacionado à promoção pela internet. "Ele vai até o estabelecimento utilizar o cupom ou, se for um código de oferta de outro site, ele usa esse desconto", explica Shinohara. Algumas ofertas precisam atingir um número mínimo de compradores para começar a valer.

Em um modelo bastante similar, os clubes de compras oferecem mais produtos do que serviços. No caso da Privalia, por exemplo, o site vende, principalmente, roupas e acessórios. A empresa cuida de todo o processo, que vai desde a produção das imagens dos itens que serão colocados à venda até a entrega da compra na casa do cliente. Para oferecer descontos agressivos, a estratégia da companhia está em trabalhar com produtos fora de estação ou que precisam sair dos estoques.

A negociação com os estabelecimentos e marcas acontece em uma via de mão dupla: ao mesmo tempo em que uma equipe sai à caça de novos produtos e serviços para negociar e oferecer descontos, as próprias marcas e estabelecimentos procuram esses sites para oferecer suas promoções.

"A gente recebe cerca de mil propostas por dia de estabelecimentos que querem fazer negócios. Mas também temos uma equipe comercial que aborda alguns outros negócios", afirma o CEO do Groupon.

Apesar dessa verdadeira febre em que se transformaram os sites de compra coletiva, o modelo ainda é novo e há muito espaço para crescer no mercado brasileiro.

E você, está lucrando com esta tendência? Ou só está aí lendo matérias a respeito?

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