O e-commerce não pára de crescer

A tecnologia vem contribuindo de forma relevante na aquisição de produtos e serviços. Já há décadas, grandes organizações formalizam transações comerciais por meio de integrações entre sistemas. Hoje, estes sistemas se sofisticaram e, por meio da internet, gerenciam os estoques de cadeias de suprimentos de indústrias inteiras. Estes sistemas geram enormes economias para a indústria e menores custos para os consumidores, fazendo parte da categoria business to business (B2B) do comércio eletrônico.

Porém, é na oferta de produtos e serviços diretamente para os consumidores finais, o business to consumer (B2C), que a tecnologia mais mostra sua importância na criação de valor. Como exemplo, pode-se citar a oferta de música digital, uma mudança radical na forma de se distribuir um produto (downloads pela internet ao invés de estocar e vender CDs fisicamente), na precificação (muito mais barato para o consumidor e com uma margem de lucro muito superior para a indústria) e na liberdade de escolha (o consumidor só paga pelas músicas que interessam).

O comércio eletrônico, ou e-commerce, apresenta expressivas taxas de crescimento. Segundo projeções da Forrester Research Inc., em 2016, os consumidores online nos Estados Unidos gastarão US$ 327 bilhões, 62% a mais que os US$ 226 bilhões gastos em 2011. E, em 2016, as compras online representarão 9% do total do faturamento do varejo nos EUA.

Acompanhando esta tendência, as vendas por meio do e-commerce no Brasil passaram de um faturamento de R$ 500 milhões, em 2001, para R$ 14,8 bilhões, em 2010, segundo a eCommerceOrg. Outro dado importante: o ticket médio das compras vem aumentando ano a ano, mostrando uma maior confiança do consumidor neste canal de compras.

O sucesso do e-commerce não é acaso. Na essência do e-commerce estão características que oferecem grandes vantagens: ubiquidade (a internet está em qualquer lugar a qualquer momento), padrões universais (todos sabem utilizar a internet), riqueza de apresentação (texto, áudio e vídeo), interatividade e personalização da experiência de compra, simetria da informação (transparência de preços que equilibra o poder de barganha entre o comprador e o vendedor) e desintermediação (meios eletrônicos eliminam muitos intermediários).

Existem ainda catalisadores para esta já explosiva integração entre as necessidades humanas e inovações tecnológicas. As redes sociais, por exemplo, têm grande poder de influência sobre os seus participantes. Assim, ofertas direcionadas a redes sociais tendem a ter maior aceitação a partir de boas impressões dos primeiros compradores. Os ambientes de compras coletivas se aproveitam de necessidades individuais comuns para aumentar as vendas e a exposição de marcas.

Outro elemento importante é o mobile commerce, ou m-commerce. Músicas, jogos, pagamento de contas, informações sobre o tempo, restaurantes próximos, negociação de ações e muitos outros serviços já são oferecidos através de aparelhos celulares. E muitos outros serviços passarão a ser oferecidos por este canal.

Em um futuro próximo pode-se vislumbrar a "internet das coisas" em que aparelhos domésticos estarão interligados à internet, permitindo uma gama gigantesca de novos serviços como a reposição automática dos itens de consumo nas residências, casas e escritórios personalizados de acordo com o clima e seus ocupantes, entre outros.

E, certamente, ainda há muito a explorar do imenso potencial do e-commerce e do m-commerce.

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